Panela de Pressão voltará a ser a casa do BB e do povo. Inclusive com a volta do Carnaval

Ledo engano pensar que o Bauru Basquete, comandado por Guerrinha, misto de técnico-cartola, irá reinar absoluto no ginásio “Panela de Pressão” que está sendo reformado pela Semel -Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.

O ginásio, construído em 1956, para abrigar as finais das modalidades coletivas dos Jogos Abertos do Interior, recebeu malha sintética em sua cobertura, pondo fim as goteiras, além de piso especial, entre outras melhorias.

A “Panela de Pressão”, que ganhou a denominação, devido aos memoráveis Carnavais populares promovidos pelo EC Noroeste nas décadas de 1960/70, voltará a abrigar o Bauru Basquete, que à época do Tilibra-Copimax, em 2002, conquistou o inédito título do Brasileiro.

O Bauru Basquete está deixando o acanhado ginásio da ALBB -Associação Luso-Brasileira - vendida e que terá de entregar o prédio até março próximo. De volta à “Panela de Pressão” o BB terá prioridade de uso, mas não exclusividade.

O local, agora arena multiuso, deverá receber jogos da equipe de vôlei feminina da ALBB, torneios de futsal, organizados pela Semel, shows, eventos...

Enfim, a “Panela de Pressão”, agora espaço público, em acordo homologado entre Prefeitura de Bauru e Noroeste, retomará o glamour.

O Futebol Bauru levantou que já se estuda realizar em 2013 os inesquecíveis Bailes Carnavalescos. A “Panela” voltaria a ser aberta ao povo, aumentando a temperatura em seu interior.

E mais, constará em Contrato, cláusula que determina o Bauru Basquete a defender Bauru em Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior, com sua Equipe Principal, o que não acontece hoje, e desde sempre.

A “Panela de Pressão” voltará a ser do povo. E não mais de um só segmento.

Noroeste e Futebol Amador vão reeditar parceria que fez sucesso na década de 1970

O Noroeste, por iniciativa deste, e a LBFA - Liga Bauruense de Futebol Amador deram terça-feira à noite o pontapé inicial, diriam os crônistas antigos, para retomar parceria que foi forte de 1978 a 1981.

À época, saudosa, os clubes, especialmente Redentor e Parquinho, promoviam caravanas com seus torcedores, às vésperas dos jogos do Noroeste, na Batista de Carvalho, quando ainda não havia o nojento Calçadão.

O radialista Ubiratan Alves da Silva foi o mentor das passeatas que também contava com as torcidas Bem Amado, do Meia Lua e A Menina dos Olhos, da Luziana.

Redentor com a torcida uniformizada Kokeluxe levava enormes bandeiras e o Parquinho com a A Carinhosa descia o Parque Vista Alegre com dezenas de carros e pessoas. Muito papel picado, buzinaço, festa e congraçamento contagiante.

Tudo que é bom infelizmente acaba.

O gerente de marketing do Noroeste, o sempre otimista Evaldo Armani, estreitou o relacionamento com a LBFA e os representantes de clubes - mais de 30, presentes, em reunião para discutir o campeonato da 2ª Divisão, a partir de 3 de março.

A Liga Bauruense irá homenagear o único clube de Futebol Profissional de Bauru nominando a competição, com 28 times, de Campeonato Noroeste da 2ª Divisão.

Os clubes irão vender ingressos, no valor de R$ 10,00 reais, dos jogos do Noroeste em Bauru. O clube destinará 5% a cada clube do amador e o time que vender maior número de ingressos levará 10% do total arrecadado.

Os clubes da 1ª Divisão também serão envolvidos na promoção Noroeste/LBFA/Clubes.

Armani, entusiasta ao extremo, vai também propor a promoção aos clubes que vão disputar a 2ª Copa Semel a partir de 12 de fevereiro.

A festa se completará no Estádio “Alfredo de Castilho” abrigando, como antigamente, as decisões dos campeonatos de futebol amador. 

Noroeste insiste em reprisar o filme que ninguém mais quer ver

No domingo lindo, com “novela, missa e gibi”, de Chico Buarque, o técnico do Noroeste, Amauri Knevitz, assistindo ao treino técnico, comandado pelo auxiliar Luciano Deitos, não esconde preocupação com o DM - Departamento Médico.

O Paulista Série A-2, só começa nesta quarta, mas vários jogadores já frequentam o DM e estão, logicamente, fora da estreia em São José do Rio Preto, diante do América.

Os recém-contratados zagueiro De Lazzari, 31 anos, ex-Chapecoense (SC), com lesão no tornozelo esquerdo, e o versátil ala-volante-meia Leonardo Nascimento, 22 anos, ex-Corinthians Paranaense, contundido na coxa, não têm previsão de alta.

A acirrada disputa, pelas quatro vagas de acesso, ainda não começou, mas o DM do Noroeste já está bufando.

Além de De Lazzari e Leonardo Nascimento, estão fora de combate o ala-direta Mizael, o atacante Diego e o ala-meia Giovanni se recuperando de cirurgia no joelho.

O custo-benefício sugere, sem mais adiamento, a contratação urgente de um ortopedista-traumatologista.

É incompreensível, para não dizer inaceitável, um clube com a História Centenária do Noroeste não dispor de médico-ortopedista-traumatologista.

O clube vem pagando caro - com rebaixamentos quase sucessivos, por não modernizar, não equipar e, sobretudo por não investir em profissionais, leia-se médico-ortopedista-traumatologista.

O próprio Amauri Knevitz sentiu na pele e perdeu o emprego quando em 2010, no mesmo Paulista Série A-2, ficou sem o atacante e artilheiro Zé Carlos.

Lesionado aos 4 minutos de jogo, em 30 de janeiro, em Bauru, contra o Taquaritinga, Zé Carlos ficou recluso no DM que o liberou apenas em 27 de fevereiro, quase um mês depois e com Knevitz já fora do clube e o Noroeste quase fora do G-8.

No Paulistão, no primeiro semestre de 2011, o DM ficou apinhado de jogadores. O resultado todos sabem: Noroeste rebaixado mais uma vez à Série A-2.

Grando ainda não convenceu no Noroeste

Se não se conhecesse o caráter retilíneo do ex-diretor executivo e agora consultor Beto Souza, e do gerente de futebol João Fernando Gonçalves, poder-se-ia dizer que teriam levado jabaculê do empresário ou do próprio atacante Daniel Grando.

Grando destoa. De doer à vista seu futebol valente, mas improdutivo. Nada pessoal, mas Daniel Grando não joga no futebol amador de Bauru. Exagero?

Não.

Basta quem o contratou e o mantém no elenco do Noroeste, tirando a oportunidade de promoção de garotos da base, ir aos campos de Bauru, a partir de fevereiro.

Não precisará muito tempo de observação para comprovar que Wesley, 33 gols pelo Milan, Balaio (Nacional) 27, Goela (Ipiranga), Carneiro (Arsenal) e Rodela (Unidos Bauru XVI), todos com 25 gols.

E mais Ricardo Canela (Industrial) 21, Alex França (Rasi) 19, Claudinho (Petrópolis) e Daivson (Beija Flor), ambos com 17 gols, e só para citar estes, jogam mais, muito mais que Daniel Grando.

Contratado como esperança de gols do Noroeste, na famigerada Copa Paulista, Daniel Grando, conseguiu, em oito jogos marcar um gol, unzinho, dia 27 de agosto, em Bauru, na vitória de 2 a 1 sobre o Rio Preto.

Antes de chegar ao Noroeste em 20 de agosto de 2011, Daniel Grando defendia o Primavera de Indaiatuba, da 2ª Divisão, correspondente a Quarta Divisão. Isso mesmo 4ª Divisão.

Grando teve seus 15 minutos de fama ao impedir a vitória do Noroeste sobre o Corinthians, no Pacaembu, em São Paulo, em 18 de março de 2007.

O jogo estava empatado em um gol, mas nos acréscimos, em falha do zagueiro Bonfim, o atacante marcou diante de 13 mil pagantes.

Vandinho fez o gol do Noroeste e após a derrota o então técnico Paulo Comelli não mais escalou Bonfim.

Que Daniel Grando nos cale a boca metendo bola nas redes dos adversários.